Governo libera nova ajuda emergencial para cidades da Amazônia atingidas pela seca severa
Recursos reforçam ações de abastecimento, logística e socorro humanitário em municípios do AM, AC e RO, ainda afetados pelos impactos da estiagem extrema
O governo federal anunciou, nesta quinta-feira (13), a liberação de novos recursos emergenciais para municípios da Amazônia que continuam enfrentando os efeitos da seca severa. A estiagem prolongada mantém trechos de rios abaixo do nível normal, dificulta o transporte de alimentos, compromete o abastecimento de água e isola comunidades ribeirinhas em áreas do Amazonas, Acre e Rondônia.
A medida foi divulgada pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, que reforçou que novas etapas de apoio técnico e logístico serão implementadas ao longo das próximas semanas para mitigar os impactos sociais e econômicos da seca.
Municípios seguem em situação crítica
Apesar das chuvas pontuais, a região Norte ainda sofre com o descompasso entre o volume de precipitação e a necessidade de recomposição dos níveis dos rios. No Amazonas, embarcações estão operando com limitações e, em alguns trechos, ainda é necessário o uso de balsas menores ou rotas alternativas.
No Acre, a estiagem interrompeu fluxos comerciais e prejudicou o transporte fluvial de comunidades rurais. Em Rondônia, o baixo nível de rios e igarapés mantém distritos isolados e dificulta o abastecimento de água potável.
Segundo o governo, os recursos liberados podem ser aplicados na compra e distribuição de água potável, apoio logístico para transporte de mantimentos, aquisição de cestas básicas, combustível para embarcações comunitárias e operações emergenciais de saúde e assistência social. A prioridade é atender comunidades que ficaram mais vulneráveis após a estiagem prolongada registrada desde agosto.
Evento climático revela fragilidade estrutural
Especialistas alertam que a maior frequência de secas extremas na Amazônia confirma as projeções de aquecimento global e exige políticas permanentes de adaptação climática. Sem planejamento contínuo, eventos severos tendem a se repetir com maior intensidade, afetando diretamente a vida de quem depende dos rios.
