DESTAQUEMEIO AMBIENTE

Valor Amazônico marca presença na COP30 com Kennedy Costa e amplia voz amazônica no debate global

Representando o portal, a Casa Verde Cultural e a Perifa Connection, Kennedy Costa participa da conferência que transforma Belém na capital mundial do clima.

A capital paraense vive dias de mobilização global. Após uma intensa agenda de encontros preparatórios, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) abre oficialmente suas atividades em Belém (PA), nesta segunda-feira (10/11), consolidando a Amazônia como palco do maior evento ambiental do planeta.

E o Valor Amazônico entra em cena: o portal será representado na conferência por Kennedy Costa, da Casa Verde Cultural e integrante da delegação da Perifa Connection, que leva ao evento a voz amazônica, as expressões culturais e o olhar crítico de quem vive e atua nas periferias da região.

A realização da COP30 em território amazônico carrega simbolismo e responsabilidade. É a primeira vez que o mundo discute o futuro do clima no coração da floresta, em uma cidade que mistura hospitalidade, caos e encantamento.

Belém se tornou o epicentro da esperança climática global, onde se cruzam compromissos diplomáticos, desafios logísticos e o desejo de um futuro sustentável.

Nos dias 6 e 7 de novembro, a capital paraense recebeu chefes de Estado e ministros de 43 países em uma etapa prévia da conferência, dedicada à construção da Declaração de Belém, documento que consolida compromissos em torno do combate à fome, da redução das desigualdades e da ação climática centrada nas pessoas.

O encontro serviu como um ensaio diplomático e político para a COP30, com destaque para a presença de lideranças indígenas, cientistas e representantes da sociedade civil. Na pauta, temas como financiamento climático, transição energética justa e valorização dos povos da floresta, com o Brasil reafirmando seu papel de liderança no Sul Global.

Cultura amazônica e resistência periférica

Com trajetória marcada pela arte, pela comunicação popular e pela mobilização socioambiental, o coletivo Casa Verde Cultural representa a energia criativa da Amazônia no debate climático.

A participação de Kennedy Costa, em parceria com o Valor Amazônico e integrando a Perifa Connection, simboliza a união entre comunicação, cultura e sustentabilidade — pilares que constroem novas narrativas sobre a região e suas juventudes.

Sediada em Manaus, a Casa Verde Cultural atua há mais de uma década na promoção de ações culturais, oficinas, exposições e projetos que conectam juventudes, comunidades ribeirinhas e artistas locais à pauta ambiental e à economia criativa.

Na conferência, Kennedy levará essa experiência de base para os espaços de diálogo e trocas culturais, reforçando que a arte amazônica e a voz periférica também são formas de resistência climática.

Programação oficial e dias temáticos

A conferência principal acontece de 10 a 21 de novembro, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, dividido em duas áreas:

Zona Azul: destinada às delegações oficiais e negociadores;

Zona Verde: aberta à sociedade civil, juventudes, movimentos populares e povos originários.

Os Dias Temáticos (Thematic Days) estruturam os debates em torno dos grandes eixos da agenda climática global:

10 e 11/11 — Abertura, Energia e Transporte

12 e 13/11 — Florestas, Oceanos e Biodiversidade

14 e 15/11 — Agricultura e Sistemas Alimentares

17 e 18/11 — Cidades, Infraestrutura e Água

19 e 20/11 — Desenvolvimento Social e Humano

Cada tema dialoga com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e busca criar pontes entre governos, empresas, ciência e comunidades locais.

O que a COP30 representa para a Amazônia e para Manaus

Sediar a COP30 é um desafio e uma oportunidade histórica para toda a Amazônia Legal.

O mundo volta seus olhos à região para compreender como conservar e desenvolver de forma sustentável o território que regula o clima global.

Para o Amazonas e para Manaus, a conferência é uma chance de mostrar ações concretas, como o uso de biogás, as ecobarreiras fluviais, os planos de neutralidade de carbono e os projetos de reflorestamento urbano.

Mas também revela as fragilidades regionais: infraestrutura precária, desigualdade social, saneamento insuficiente e pressões por exploração mineral.

A COP30 escancara o contraste entre discurso e realidade — e o desafio de transformar compromissos em políticas duradouras.

Desafios logísticos e bastidores da preparação

Apesar da empolgação, Belém ainda enfrenta obstáculos. As obras de mobilidade e acessibilidade avançaram sob forte pressão de prazos.

A oferta de hospedagem e o alto custo dos leitos levantaram preocupação entre delegações estrangeiras e participantes de movimentos sociais, expondo a desigualdade estrutural das cidades amazônicas.

Mesmo com as dificuldades, o clima na cidade é de entusiasmo e pertencimento. Belém se transforma na capital mundial do clima, com ruas coloridas, painéis artísticos e uma atmosfera de esperança.

Acompanhe a cobertura especial do Valor Amazônico

Durante toda a COP30, Kennedy Costa acompanhará debates, plenárias e eventos paralelos, com transmissões, entrevistas e análises diretamente de Belém.

A cobertura incluirá relatos exclusivos sobre as negociações e bastidores da conferência, entrevistas com lideranças indígenas, cientistas e ambientalistas, além de boletins e artigos sobre os compromissos firmados na capital paraense — sempre com o olhar singular do Valor Amazônico, que conecta o planeta à realidade viva da floresta.

“O futuro do clima será decidido sob o céu da Amazônia. E o que for dito em Belém ecoará no planeta inteiro”, afirmou o presidente Lula.

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