DESTAQUEPOLÍTICA

Movimentações políticas redesenham o tabuleiro eleitoral do Amazonas para 2026

Com reaproximações no interior e reconfiguração de alianças partidárias, lideranças regionais antecipam articulações que podem alterar o equilíbrio de forças nas próximas eleições

Por Dora Tupinambá

As movimentações políticas que vêm ganhando força nos últimos meses em diferentes municípios do Amazonas indicam uma reconfiguração do cenário eleitoral para 2026. Reuniões de lideranças regionais, viagens ao interior e reencontros entre antigos aliados mostram que o jogo político no estado já começou, ainda que de forma discreta.

Analistas políticos consultados pelo Valor Amazônico apontam que o senador Eduardo Braga (MDB) tem sido um dos principais articuladores dessa retomada de diálogo com bases do interior, em especial em Parintins, Itacoatiara e Maués. As conversas visam reconstruir alianças históricas que se fragmentaram após as eleições municipais, num contexto de enfraquecimento do MDB e de avanço de outras legendas em áreas tradicionalmente dominadas pelo partido.

Alianças em mutação

Enquanto isso, no campo governista, o governador Wilson Lima (União Brasil) mantém sua base consolidada, mas acompanha de perto as articulações no interior, sobretudo as que envolvem prefeitos recém-eleitos em 2024.

Do complexo que abriga a sede do governo do Amazonas, no coração da Compensa, a equipe política monitora os movimentos partidários e busca preservar alianças com grupos locais estratégicos, especialmente nas zonas de influência econômica da Zona Franca de Manaus e dos polos agroindustriais do interior.

Interior em foco

Em Parintins, onde Braga retomou encontros políticos em outubro, o tom foi de “reconstrução de pontes”. A presença de antigos aliados, vereadores e lideranças religiosas reforçou a impressão de que o interior volta a ser decisivo na costura das alianças para 2026.

Seguindo essa linha avaliação, a disputa estadual tende a se fragmentar entre três grandes blocos: o grupo governista liderado por Wilson Lima; o grupo de oposição tradicional, liderado por Braga; e uma frente emergente de políticos independentes e prefeitos de mandato forte, que podem se unir em torno de um nome alternativo até o primeiro semestre de 2026.

Fotos: Arquivo

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