Moda amazônica ganha protagonismo no Sou Manaus e reafirma identidade coletiva
Espaço Moda estreia com brilho e criatividade, transformando tecidos, cores e estilos em símbolos de pertencimento, diversidade e força política da cultura local
No primeiro dia do Sou Manaus Passo a Paço 2025, o público pôde constatar que o festival vai muito além da música e da gastronomia. O Espaço Moda se tornou um dos lugares mais visitados, mostrando que a cultura também se expressa pelo vestir, pelo criar e pelo ressignificar identidades.
Ali, roupas autorais, acessórios exclusivos e tecidos com estampas regionais formaram uma verdadeira vitrine da criatividade amazônica. Mais do que um desfile estético, trata-se de uma afirmação política: a moda que nasce no coração da Amazônia carrega a história de povos, territórios e memórias coletivas.
A artista plástica Carolina Marrocos, 39, que expôs suas criações no espaço, destacou o sentido de pertencimento que o ambiente desperta: “O Espaço Moda é uma celebração da nossa identidade. Cada peça carrega um pouco da história e da cultura de Manaus. É incrível ver o público se encantando, experimentando e se reconhecendo nesse universo criativo.”

Moda como resistência e inclusão
Oficinas de customização aproximaram criadores e público, convidando a todos para experimentar novas possibilidades de estilo. Nos desfiles interativos, corpos plurais ganharam visibilidade, reforçando que a moda também é espaço de inclusão, de quebra de estereótipos e de construção coletiva da autoestima amazônica.

Mais do que vitrine, o Espaço Moda transformou-se em palco político, onde a economia criativa se apresenta como alternativa concreta para geração de renda e afirmação de vozes historicamente invisibilizadas.

Identidade que se veste
Ao valorizar o design feito na cidade, o festival reafirma que a moda é também discurso social, que denuncia desigualdades, celebra a diversidade e projeta para o mundo uma Amazônia contemporânea, que dialoga com inovação sem abrir mão de suas raízes.
No Sou Manaus, a moda mostrou que não é apenas sobre roupas, mas sobre quem somos, de onde viemos e para onde queremos ir. Vestir-se de Amazônia, nesse contexto, é vestir-se de resistência, dignidade e futuro.


