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Manaus em marcha pela história e pela floresta

Sambódromo recebe o desfile cívico a partir das 7h30; Marinha faz desfile naval às 10h no Mirante Lúcia Almeida; à tarde, Grito dos Excluídos toma as ruas com pautas socioambientais

Manaus celebra nesta sexta-feira (5/9) duas datas que se entrelaçam na identidade amazônica: os 175 anos da elevação do Amazonas à categoria de Província, marco de sua emancipação política em relação ao Pará, e o Dia da Amazônia, instituído para valorizar a maior floresta tropical do planeta.

O dia começou cedo no Sambódromo de Manaus, onde, a partir das 7h30, estudantes, bandas marciais e colégios civis e militares deram início ao desfile cívico. A apresentação reforça o orgulho da população com a história do estado, que conquistou autonomia em 1850, e dialoga com a simbologia do 5 de setembro como momento de reafirmação da cidadania e da memória coletiva.

A programação oficial segue pela manhã com o desfile naval da Marinha do Brasil, marcado para as 10h, no Mirante Lúcia Almeida, às margens do Rio Negro. A atividade integra a Operação Bracolper, realizada em cooperação com forças armadas do Peru e da Colômbia, e simboliza a integração e a defesa da região amazônica.

Por que 5 de setembro importa

A data, que antecede o feriado nacional da Independência, é ainda mais simbólica no Amazonas. O ato de 1850 marcou a emancipação política do território, abrindo caminho para que o estado tivesse voz própria dentro do Império e, mais tarde, da República. Não por acaso, o 5 de setembro foi escolhido também para celebrar o Dia da Amazônia, reforçando a identidade regional e a urgência de políticas que garantam a proteção da floresta, da biodiversidade e dos povos que nela vivem.

As vozes do Grito dos Excluídos

A programação do dia ganha contornos sociais e políticos à tarde, quando o 31º Grito dos Excluídos e Excluídas toma as ruas de Manaus. A concentração será às 15h na Rotatória Novo Aleixo/Alameda Alphaville, de onde o cortejo seguirá a partir das 16h. O movimento reúne organizações populares, sindicatos e coletivos socioambientais que levam para a avenida pautas de justiça social, defesa da floresta e crítica às desigualdades que ainda marcam a região.

Combinando tradição, civismo e engajamento, o 5 de setembro em Manaus reafirma que a história do estado e o futuro da Amazônia caminham lado a lado — entre o orgulho da autonomia conquistada e a luta diária pela preservação de seu patrimônio natural e cultural.

Da redação

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