Festival do Jaraqui celebra tradição e identidade amazônica em Manaus
Peixe símbolo da culinária regional ganha evento exclusivo no dia 13, reunindo gastronomia, memória coletiva e valorização da cidadania amazônida.
Manaus se prepara para celebrar um de seus maiores símbolos culturais e gastronômicos: o jaraqui. No próximo dia 13 de setembro, o peixe típico da Amazônia será o protagonista da 1ª edição do Festival do Jaraqui, que acontecerá no Centro de Convivência da Família Magdalena Arce Daou, na Avenida Brasil, bairro Santo Antônio, Zona Oeste da capital.
Mais do que um evento gastronômico, o festival busca valorizar a ancestralidade amazônica, reafirmando a presença do jaraqui como parte do cotidiano, da memória e da identidade da população manauara. Conhecido pelo sabor marcante e pela presença constante nas mesas da cidade, o peixe traduz um modo de vida que conecta ribeirinhos, feiras tradicionais e gerações de famílias da região.
O Festival do Jaraqui pretende ser um espaço de celebração da cultura amazônica, com destaque para receitas tradicionais que vão desde o jaraqui assado na brasa até pratos contemporâneos elaborados por chefs locais.
A programação também prevê rodas de conversa, apresentações culturais e oficinas que vão além da gastronomia, discutindo o papel do peixe na história da cidade e sua importância como símbolo de resistência cultural.

O jaraqui como patrimônio afetivo
Entre as muitas expressões populares da Amazônia, uma delas reforça a identidade e a irreverência local: “Quem come jaraqui não sai mais daqui”. O ditado traduz a ideia de pertencimento e enraizamento, fortalecendo a ligação entre a culinária e a cidadania amazônida.
Ao dedicar um festival exclusivo ao peixe, Manaus reconhece o jaraqui como patrimônio afetivo e cultural, que une gerações e traduz a alma de um povo que resiste e se reinventa na beira dos rios.
Cidadania e ancestralidade
O evento também se apresenta como um ato de cidadania, ao reforçar valores de pertencimento, respeito e valorização das tradições amazônicas. Para muitos, o jaraqui é mais do que alimento: é memória, é raiz, é parte de um modo de viver que precisa ser reconhecido e celebrado como herança cultural.
Fotos: Divulgação