Moradores de áreas de risco em Manaus temem chegada do período chuvoso
Início do “Inverno Amazônico” intensifica preocupações com deslizamentos e alagamentos; autoridades reforçam planos de contingência
Com a aproximação do “Inverno Amazônico”, período caracterizado por chuvas intensas entre dezembro e maio, moradores de áreas de risco em Manaus manifestam crescente preocupação com possíveis deslizamentos de terra e alagamentos. A capital amazonense possui aproximadamente 1,6 mil áreas suscetíveis a desmoronamentos, afetando cerca de 1,2 mil residências, conforme levantamento do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e da Defesa Civil.
Regiões como os bairros Mauazinho, Jorge Teixeira e Santa Etelvina, nas zonas Leste e Norte, são especialmente vulneráveis. No Mauazinho, por exemplo, 750 casas estão em áreas de alto risco, onde igarapés transbordam durante as chuvas, resultando em alagamentos frequentes.
Em resposta, a Prefeitura de Manaus lançou, em maio de 2024, o Plano de Contingência Municipal (Plancon), elaborado pela Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil Municipal (Sepdec). O Plancon visa coordenar esforços para reduzir a ocorrência de desastres naturais e minimizar seus impactos.
O secretário executivo da Defesa Civil, Gladiston Silva, enfatiza a importância da colaboração comunitária: “É crucial que a população mantenha a Defesa Civil informada sobre eventos desse tipo a partir da Central 199. Assim, conseguimos maximizar a atuação de cada um dos órgãos envolvidos.”
Recentemente, a Defesa Civil do Amazonas emitiu alertas para a possibilidade de chuvas intensas na região de Manaus, com previsão de pancadas até o período noturno, variando de moderadas a fortes.
Essas condições aumentam o risco de desastres, incluindo alagamentos e enxurradas.
Diante desse cenário, as autoridades reforçam a necessidade de medidas preventivas e de conscientização da população sobre os riscos associados ao período chuvoso. A colaboração entre poder público e comunidades é essencial para mitigar os impactos das chuvas e garantir a segurança dos moradores em áreas vulneráveis.