Mercosul e União Europeia concluem acordo comercial após 25 anos de negociações
Tratado cria uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, abrangendo 720 milhões de pessoas e 20% da economia global
Após um quarto de século de negociações, o Mercosul e a União Europeia (UE) anunciaram, nesta sexta-feira (6/12), a conclusão de um acordo comercial histórico. O anúncio foi feito durante a Cúpula do Mercosul em Montevidéu, Uruguai, com a presença de líderes dos países membros do bloco sul-americano e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
O tratado estabelece uma das maiores áreas de livre comércio do planeta, englobando cerca de 720 milhões de pessoas e representando aproximadamente 20% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Espera-se que o acordo elimine tarifas em mais de 90% dos bens comercializados entre os blocos, facilitando o acesso a mercados e promovendo o crescimento econômico em ambas as regiões.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou que o acordo beneficiará cerca de 60 mil empresas europeias, simplificando procedimentos alfandegários e reduzindo tarifas, ao mesmo tempo em que aborda preocupações ambientais e agrícolas.
No entanto, o tratado enfrenta resistência em alguns países europeus, especialmente na França, onde há preocupações relacionadas a padrões ambientais e ao impacto no setor agrícola local. Para que o acordo entre em vigor, é necessária a ratificação pelos parlamentos de todos os países membros da UE e do Mercosul, além do Parlamento Europeu.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, expressou confiança na aprovação do acordo, enfatizando os benefícios econômicos e políticos para os países envolvidos. Lula afirmou que o tratado representa um avanço significativo nas relações comerciais e diplomáticas entre a América do Sul e a Europa.
A conclusão deste acordo marca um momento histórico para o comércio internacional, sinalizando uma nova era de cooperação econômica entre o Mercosul e a União Europeia. Espera-se que a implementação do tratado impulsione o desenvolvimento econômico, a criação de empregos e o fortalecimento de laços políticos entre as duas regiões.