Vice de Capitão Alberto Neto deve mais de R$ 10 milhões em IPTU e põe em xeque proposta do candidato sobre redução de impostos
Professora Maria do Carmo, dona de grandes instituições privadas de ensino, acumula dívida milionária com a prefeitura, enquanto seu candidato promete aliviar a carga tributária
A candidatura à prefeitura de Manaus liderada por Capitão Alberto Neto (PL) está sob escrutínio depois de revelações de que sua vice, Professora Maria do Carmo, deve mais de R$ 10 milhões em IPTU. Proprietária de instituições de ensino privado como a Fametro e outras empresas, a candidata se beneficia de uma isenção tributária que não parece condizer com a realidade dos manauaras que pagam seus impostos, especialmente o IPTU, que é fundamental para os investimentos em infraestrutura da cidade.
Enquanto Alberto Neto propaga a promessa de reduzir impostos se eleito, a pergunta que surge é: Ele também pretende anistiar a dívida da própria vice-prefeita? Essa questão levanta dúvidas sobre a coerência de uma candidatura que prega alívio fiscal, mas se associa a uma empresária cuja dívida milionária afeta diretamente a arrecadação da prefeitura, crucial para a pavimentação de ruas e a melhoria dos serviços públicos nas áreas mais carentes de Manaus.
Desigualdade no pagamento de impostos
Enquanto muitos trabalhadores assalariados, especialmente das periferias, se esforçam para manter suas contas de IPTU em dia, a vice de Alberto Neto, que investiu em grandes aquisições como o Tropical Hotel Manaus e o antigo prédio da Santa Casa de Misericórdia, continua isenta de sua responsabilidade com os cofres públicos. O montante devido pela candidata poderia ser convertido em melhorias fundamentais para a população, como a pavimentação de ruas, sarjetas e investimentos na saúde e educação públicas.
O discurso de Capitão Alberto Neto de reduzir impostos, portanto, parece contraditório. Se grandes empresários podem acumular dívidas sem consequência, como assegurar que as promessas de campanha serão realmente benéficas para a maioria da população, que depende da arrecadação de impostos para usufruir de serviços básicos? Afinal, são os tributos que permitem que a prefeitura realize melhorias em escolas, hospitais e na infraestrutura da cidade.
Esse episódio acende um alerta sobre a seriedade com que os compromissos com a gestão pública são tratados, e a cidade de Manaus precisa de respostas claras sobre como essa dívida será tratada caso a chapa seja eleita.