Força de Wilson Lima no interior contrasta com derrotas em grandes municípios e sinaliza desafios para 2026
Governador conquista 24 prefeituras no interior, mas perdeu nas principais cidades, incluindo Manaus, Parintins e Itacoatiara
A vitória expressiva de Wilson Lima no interior do Amazonas nas eleições municipais de 2024 fortalece sua posição política, mas não sem ressalvas. O governador, que elegeu 24 prefeitos pelo União Brasil, viu seu domínio consolidado nas pequenas e médias cidades do estado, o que é um marco histórico. No entanto, o resultado nas maiores cidades, incluindo o maior colégio eleitoral, Manaus, onde ele foi derrotado com mais de 54% dos votos contra, expõe as limitações de sua base de apoio e aponta desafios significativos para 2026.
Wilson Lima também perdeu em municípios grandes e estratégicos, como Parintins, Itacoatiara, Manacapuru e Maués, onde a oposição foi bem-sucedida. Essas cidades concentram grande parte do eleitorado do Amazonas, e as derrotas nessas regiões complicam os planos do governador para sua campanha ao Senado em 2026.
Enquanto no interior o governador desfruta de uma forte popularidade, especialmente entre os eleitores mais dependentes dos programas estaduais de assistência, em cidades maiores, onde a dinâmica política e as demandas da população são mais complexas, Wilson precisará ajustar sua estratégia se quiser ampliar seu alcance. As alianças com partidos menores, como Progressistas, Republicanos e Podemos, que garantiram vitórias em várias prefeituras menores, podem não ser suficientes para conquistar o eleitorado urbano.
Além disso, seus principais rivais, como Eduardo Braga (MDB), que elegeu 14 prefeitos, e Omar Aziz (PSD), com seis prefeituras, permanecem fortes concorrentes. Braga, em particular, será um adversário direto na disputa por uma vaga no Senado em 2026, e sua base de apoio nas grandes cidades pode se tornar um obstáculo para Lima.
Portanto, embora o governador saia fortalecido com o controle do interior, o revés nos principais colégios eleitorais sugere que o caminho para 2026 será mais desafiador do que o esperado. Lima terá que repensar sua abordagem e buscar uma conexão mais forte com os eleitores urbanos para ampliar suas chances nas próximas eleições.
