DESTAQUEMEIO AMBIENTE

Quatro cidades do Amazonas concentram 57% da madeira extraída ilegalmente, revela estudo

Relatório aponta Canutama, Humaitá, Lábrea e Manicoré como epicentros da exploração ilegal, destacando a falta de fiscalização e os impactos socioambientais na área da BR-319

Um estudo recente divulgado pela ONG Observatório da BR-319 revelou que os municípios de Canutama, Humaitá, Lábrea e Manicoré, concentram 57% de toda a madeira extraída ilegalmente no estado. A pesquisa destacou que a exploração madeireira ilegal nesses municípios, situados ao longo do eixo da rodovia BR-319, é uma das principais ameaças ao meio ambiente na região. O relatório enfatiza que a falta de fiscalização e a presença de invasores de terras facilitam a retirada ilegal da madeira.

Entre os impactos socioambientais causados pela extração ilegal estão a degradação florestal, que aumenta a vulnerabilidade da floresta a incêndios e à perda de biodiversidade, além de provocar conflitos fundiários e diminuir oportunidades de emprego formal na região.

A área de influência da BR-319, em particular, é um ponto crítico, com comunidades locais lutando para proteger suas terras contra esses crimes ambientais. Apesar de esforços para regulamentar a área, como a concessão de direito de uso (CDRU) a moradores, o avanço das atividades ilegais persiste.

Esses dados ressaltam a necessidade de maior cooperação entre órgãos estaduais e federais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para intensificar a fiscalização e implementar políticas de preservação ambiental de maneira mais eficaz.

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