DESTAQUEMEIO AMBIENTE

Governo do Amazonas enfrenta seca com 14 mil incêndios controlados e ajuda humanitária

Boletim divulgado nesta segunda traz atualizações sobre ações emergenciais, com distribuição de alimentos, água potável e monitoramento ambiental nas regiões mais afetadas pela seca

Nesta segunda-feira (16/9), o governo do Amazonas divulgou um boletim atualizado sobre a estiagem que atinge o estado, detalhando os impactos da seca e as ações em andamento para mitigar seus efeitos. O boletim foi produzido pelo Comitê Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental e oferece um panorama abrangente da situação, com dados dos sistemas de monitoramento e medidas emergenciais já em prática.

O governador Wilson Lima decretou estado de emergência para os 62 municípios do Amazonas em razão dos efeitos severos da seca. Em julho, o decreto havia sido assinado inicialmente para 20 cidades, sendo ampliado em agosto para outros 42 municípios. A declaração permite uma resposta mais rápida e coordenada às necessidades das áreas mais afetadas.

Ações humanitárias e suporte logístico

De acordo com o boletim, 1,1 tonelada de alimentos já foi distribuída às regiões mais afetadas pela estiagem, além da instalação de 31 purificadores de água para melhorar o acesso à água potável, especialmente nas calhas dos rios do Alto Solimões. Além disso, 100 caixas d’água foram enviadas para garantir que as famílias tenham acesso à água de qualidade.

No âmbito da saúde, o governo já enviou 200,3 toneladas de medicamentos e insumos para os municípios das regiões do Madeira, Juruá, Purus e Alto Solimões. 37 cilindros de oxigênio foram encaminhados para as cidades de Eirunepé, Canutama e Itamarati, além da instalação de uma usina de oxigênio em Envira, que visa garantir a oferta estável do insumo vital. Foram distribuídos também 2.614 volumes de medicamentos e insumos a diversos municípios, reforçando o suporte médico em áreas de difícil acesso.

Monitoramento ambiental e combate a incêndios

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) desempenha um papel crucial no monitoramento e controle de atividades ilegais que agravam os efeitos da estiagem. Segundo o boletim, o Ipaam já realizou 389 embargos de áreas que totalizam 19.098,61 hectares embargados, como parte dos esforços para conter o desmatamento e as queimadas ilegais. Além disso, foram aplicadas multas que somam R$ 135,8 milhões, com 356 autos de infração e 52 termos de apreensão lavrados, além de 186 detenções realizadas.

O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) também intensificou sua atuação no combate aos incêndios, que têm aumentado durante a estiagem. De junho até o dia 15 de setembro, foram combatidos mais de 14,1 mil focos de incêndio em todo o estado, sendo 1.543 ocorrências em Manaus e 12,6 mil no interior. Essas operações fazem parte da Operação Estiagem 2024, coordenada pelo comitê instituído pelo governador Wilson Lima.

Medidas preventivas e futuras ações

As iniciativas de combate aos efeitos da seca e de monitoramento ambiental, como destaca o boletim, são parte de um esforço contínuo para minimizar os impactos ambientais e sociais da estiagem. A combinação de ações humanitárias, reforço no sistema de saúde e operações de combate a incêndios tem sido fundamental para mitigar os danos em todo o estado.

“Estamos trabalhando incansavelmente para assegurar que as famílias afetadas pela seca recebam todo o apoio necessário. Nossas ações, tanto no campo humanitário quanto no ambiental, são parte de um esforço integrado para reduzir os efeitos dessa crise climática”, afirmou o governador Wilson Lima.

Essas medidas visam não apenas o enfrentamento imediato da estiagem, mas também a criação de uma infraestrutura de resposta rápida para eventos futuros, que estão se tornando mais frequentes e intensos devido às mudanças climáticas.

Fotos: Divulgação/Secom

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