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Juventude Árabe Palestina do Amazonas promove ato pelo cessar fogo na Faixa de Gaza

Manifestação será um ato de resistência e apoio, acontece neste sábado (1º de junho), partir das 16h, no Largo de São Sebastião, em frente ao Teatro Amazonas

A Juventude Árabe Palestina do Amazonas, realiza neste sábado (1º/6), manifestação para protestar e acender um alerta sobre os mais de oito meses de conflitos na Palestina. Jade Yacub, diretora-presidente da Juventude Árabe Palestina do Amazonas, diretório ligado a Sociedade Árabe Palestina do Amazonas, afirma que o ato, é uma forma de apoio a resistência do povo palestino e um pedido de “basta”.

“Faço parte da terceira geração de palestinos que vieram para o Amazonas. Eu nasci no Brasil, mesmo assim, a dor em ver o que estão fazendo com o nosso povo, nos deixa aterrorizados. É uma prática de genocídio impetrada por quem quer comandar a região. Um colonialismo brutal, bancado por muitos poderosos e que se arrasta há décadas. Às atrocidades praticadas pelo governo de Israel, somadas às fake news geradas pelos grandes veículos de comunicação potencializaram genocídio em massa e tentam esconder as verdades dos fatos”, desabafa Jade.

A dirigente afirma que o ato é um pedido por justiça e pelo direito de viver no local que é do povo palestino.

“As superpotências não estão fazendo o suficiente neste momento. É por isso que essa manifestação apela como todas as outras pelo mundo: para um cessar-fogo, aos direitos dos palestinos, ao direito de existir, de viver, aos direitos humanos, a todos os nossos direitos”, denuncia.

No último domingo de maio a cidade de Rafah, no extremo sul de Gaza, sofreu um terrível ataque israelense, onde um bombardeio numa zona humanitária matou 45 pessoas (entre crianças e mulheres). No mundo inteiro, comunidades acadêmicas, entidades, governos e sociedade civil continuam a protestar contra o governo de Israel e às práticas de guerra e genocídio no território palestino.

Como forma de esclarecimento à população amazonense, por meio das redes sociais da Sociedade Árabe Palestino Amazonense (@sociedadearabeamazonense), recentemente, no prédio da entidade, a Juventude Árabe Palestina do Amazonas promoveu a primeira aula aberta ao público sobre  os mais de 70 anos de sofrimento praticado contra o povo Palestino após Israel ter sido declarado um Estado. Tudo como forma de esclarecer e compartilhar a verdadeira história do povo Palestino.

Manifestação e a Luta

“Inicialmente havíamos pensado em fazer na Avenida Marechal Deodoro, local onde a comunidade Árabe Palestina iniciou a prática de comércio no Amazonas e ficou conhecida como o comércio do “bate-palma. Era como os nossos antepassados vendiam os seus produtos. Eles não sabiam falar o português e vendiam assim. Agradecemos muito ao povo amazonense que nos acolheu. Hoje sou a segunda geração da família e sinto na pele o que meus irmãos estão passando na Palestina. Como ficar calados ante tamanha atrocidade? Até quando?”, questiona Muna Hajoj, vice-presidente da Sociedade Árabe Palestina do Amazonas.

O comércio de rua, praticado por vendedores ambulantes e algumas lojas na Marechal Deodoro, no centro da cidade de Manaus, ficou conhecido como “Bate-palma”. A prática foi iniciada e implementada pelos Árabes Palestinos como forma de comunicação e de venda, uma forma de quebrar uma barreira: o idioma.

O ato será caracterizado por panos brancos e mortalhas confeccionados e com palavras de ordem pelo cessar-fogo e frases de apoio ao povo palestino, onde serão conduzidas pela corrente humana de apoiadores e manifestantes. Os escritos remetem aos oito meses de conflito, e principalmente, ao último ataque aéreo israelense contra a região de Rafah que matou 45 pessoas, a maioria mulheres e crianças, e deixou 249 feridas.

São esperados mais de mil manifestantes, entre Sociedade Árabe Palestina do Amazonas, entidades de classe, movimentos estudantis e sociedade civil.

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